Um experimento
feito em redes públicas de Wi-Fi em várias cidades ao redor do mundo revela a
fragilidade de “hotspots” – usuários na Ásia estão sob mais riscos que Europeus
e Americanos
Mobile
World Congress, Barcelona, Espanha, 5 de março de 2015 – Avast Software, fabricante dos
produtos de segurança para mobile e PC mais confiáveis do mundo, revelou esta
semana durante o Mobile World Congress 2015 os resultados de um experimento
feito em Wi-Fi públicas que foram expostas a grandes brechas de segurança
relacionadas a hábitos de navegação dos usuários ao redor do mundo.
Especialistas em segurança de mobiles da Avast viajaram a cidades nos Estados
Unidos, Europa e Ásia para observar as atividades de Wi-Fis públicas em nove
grandes áreas metropolitanas. Eles estavam equipados com um laptop e um
aplicativo que monitora tráfegos locais de Wi-Fi em frequência de 2.4GHz – este
aplicativo é gratuito e facilmente adquirido online. O experimento demonstrou
como é fácil para monitorar atividades de navegação, buscas, senhas, vídeos,
e-mails e outras informações pessoais.
O
estudo revelou que usuários na Ásia são os que estão mais expostos a ataques.
Mais do que a metade do tráfego na web na Ásia ocorre em sites HTTP
desprotegidos, 97% dos usuários conectam-se a redes abertas e desprotegidas, e
7 de 10 roteadores protegidos com senhas usam fracos métodos de criptografia, o
que torna-os simples de serem hackeados. Usuários em San Francisco e Barcelona
são os que geralmente agem para protegerem-se em sessões Wi-Fi, embora o número
continue a ser um tanto quanto pequeno: apenas 20%.
“Este experimento revelou que a maioria dos usuários
de smartphones e tablets não estão tomando cuidados adequados para proteger
seus dados pessoais e privacidade contra criminosos cibernéticos”, disse Jude
McColgan, presidente da Avast Mobile. “As pessoas usam sinto de segurança em
carros para ficarem seguras, e deveriam usar aplicativos de segurança quando
usam Wi-Fi pública”.
Fique
atento a redes de Wi-Fi desprotegidas
O
estudo descobriu ainda que pessoas ao redor do mundo geralmente preferem se
conectar a redes de Wi-Fi inseguras e desprotegidas em vez de redes protegidas
com senhas. Usuários de smartphones e tablets na Ásia foram os que mais
acessaram redes abertas, enquanto que europeus e americanos foram os que menos
fizeram isso; em Seul, 99 de 100 usuários acessaram redes inseguras, comparado
com apenas 80 de 100 em Barcelona e San Francisco.
Número
de usuários que acessam redes inseguras por cidades:
- Seul: 99 out of 100
- Hong Kong: 98 out of 100
- Taipei: 97 out of 100
- Chicago: 96 out of 100
- Nova York: 91 out of 100
- Berlim: 88 out of 100
- Londres: 83 out of 100
- Barcelona: 80 out of 100
- San Francisco: 80 out of 100
Os
perigos de navegação HTTP
A
Avast descobriu que uma grande parcela de usuários de smartphones e tablets
navegam primariamente em sites HTTP inseguros. Quase que metade do tráfego na
Ásia ocorre em sites HTTP desprotegidos, enquanto que este comportamento é
visto somente em um terço dos usuários norte americanos e um quarto dos europeus.
Devido
ao fato de que o tráfego HTTP é desprotegido, a equipe Avast conseguiu ver
todas as atividades de navegação dos usuários, incluindo domínio e históricos
de páginas, buscas, informação pessoal de login, vídeos, e-mails, posts e
comentários. Websites como eBay, Amazon, Wikipedia, Craiglist e Bing não usam o
módulo HTTPS padrão a não ser que o usuário faça o login. Em todas as cidades,
Avast conseguiu ver exemplos de usuários acessando sites de hospitais, páginas
de seguros, bancos e vídeos de conteúdo adulto – tudo em redes públicas de
Wi-Fi.
Criptografia
fraca
A
maioria dos hostspots de Wi-Fi que a Avast observou estava protegida através de
alguma forma de criptografia. Entretanto, elas eram fracas e podiam ser
facilmente hackeadas. Usar uma criptografia WEP pode ser quase tão arriscado
quanto utilizar proteções que pedem senhas de acordo com o site acessado, pois
usuários tendem a se sentir seguros ao digitar suas informações pessoais, mas
seus dados continuam em risco.
San
Francisco e Berlim tiveram a menor porcentagem de hotspots com fraca
criptografia, enquanto que mais da metade dos hotspots em Londres e Nova York
estão protegidos com senhas e quase três quartos das redes públicas de Wi-Fi na
Ásia estão vulneráveis a ataques.
Quantidade
de hotspots protegidos com senhas vulneráveis:
- Seul: 70,1%
- Taipei: 70,0%
- Hong Kong: 68,5%
- Londres: 54,5%
- Nova York: 54,4%
- Chicago: 45,9%
- Barcelona: 39,5%
- Berlim: 35,1%
- San Francisco: 30,1%