Brasil, São Paulo, 2 de Setembro de 2021 - A Avast (LSE: AVST), líder global em segurança e privacidade digital, descobriu que nove em cada dez (94%) pessoas no Brasil dizem que a internet é importante em suas vidas e que, além disso, o nível de confiança no ambiente online diminui com a idade. Essa falta de confiança resulta em um menor tempo gasto na internet, levando a oportunidades perdidas para os cidadãos digitais explorarem totalmente. A pesquisa faz parte de um estudo global abrangente com a YouGov, sobre as tendências de cidadania digital mundial.
Fora as tarefas relacionadas ao trabalho, a pesquisa descobriu que os brasileiros com idade entre 18 e 24 anos passam mais tempo online, com 62% passando mais de três horas por dia na internet, em comparação direta com apenas 48% dos brasileiros entre 55 e 64 anos e 51% daqueles com mais de 65 anos. As descobertas apontam para uma correlação direta entre o tempo gasto no universo digital e a confiança online, em comparação com a média global de 70%. No Brasil, 86% das pessoas se consideram confiantes no mundo online. No entanto, essa confiança diminui em cada faixa etária e cai para 77% naqueles com mais de 65 anos .
A pesquisa descobriu que são as tarefas relativamente simples, com as quais as pessoas mais lutam. Os três principais problemas apontados pelos brasileiros foram: liberar espaço em seu dispositivo (29%); fazer backup de arquivos e comprar pela internet (ambos 20%).
“É positivo ver altos níveis de confiança online relatados. Diz Jaya Baloo, Diretora de Segurança da Informação da Avast. No entanto, não podemos ignorar as diferenças que observamos em relação a esta confiança dependendo da demografia e precisamos manter as gerações mais velhas em mente, quando se trata de educação digital. Nós, como indústria, necessitamos ser facilitadores para os cidadãos digitais mais vulneráveis, e o compartilhamento de conhecimento online precisa fazer parte das conversas familiares. As gerações mais jovens, especificamente, têm desempenhado um papel fundamental em ajudar os seus pais e avós a navegar no mundo online, o que pode ser confirmado por nossa pesquisa”.
A maioria (72%) dos brasileiros que não se sentem confiantes no ambiente online diz que isso os incomoda, com 58% admitindo sentirem-se um fardo caso tenham que pedir ajuda para outras pessoas - este percentual sobe para 69% em todo o mundo. No entanto, essas preocupações podem ser deixadas de lado. Os sentimentos mais comuns expressos por aqueles que ajudaram as pessoas no ambiente online foram sentimentos positivos de se sentirem úteis, orgulhosos e valorizados.
Um terço da geração mais velha admite que gostaria de ajuda online por parte de membros mais jovens da família. O estudo ainda descobriu que, na verdade, é a geração mais jovem a mais solicitada para oferecer esse tipo de apoio. Além disso, 59% das pessoas que ajudaram outras pessoas com questões da internet, ajudaram os seus pais, em comparação com apenas 17% que tiveram que ajudar os seus filhos.
Essa ajuda intergeracional se correlaciona com as preocupações dos brasileiros com relação aos seus parentes mais velhos, com 62% das pessoas no Brasil expressando preocupações com seus pais no ambiente online, e com o mesmo percentual de brasileiros (62%) que expressaram preocupações com seus avós.
É claro que as pessoas não estão apenas preocupadas com a sua própria segurança online (22% estão ligeiramente preocupados e 62% estão muito preocupados), mas também com a segurança de seus entes queridos. Cerca de 83% registraram níveis de preocupação com a segurança de seus pais, crescendo para 86% desde o início da pandemia e 81% dos entrevistados no Brasil estão preocupados com seus avós, passando para 82% desde a pandemia.
Olhando especificamente para as preocupações na vida online, o fato de ter senhas roubadas ou ter o seu e-mail, ou contas de redes sociais violadas aparece no topo das preocupações para todas as faixas etárias (30%). Isto é seguido de perto pelo roubo de identidade (uso indevido de dados pessoais na internet, por exemplo, resultando no uso indevido do cartão de crédito) para 28% dos brasileiros; e para 26% das pessoas no Brasil ser vítima de um site falso, por exemplo, comércio eletrônico ou banco, resultando no pagamento de mercadorias que o usuário nunca recebeu. Curiosamente, essas preocupações diferem, quando as pessoas são questionadas sobre os riscos enfrentados por seus parentes mais velhos. Por exemplo, 24% dos brasileiros temem que seus avós possam ser vítimas de um site falso, enquanto 20% das pessoas no Brasil estão preocupadas que seus avós também possam ser vítimas de fake news ou que seus dados sejam coletados por terceiros sem o seu consentimento.
Essas preocupações no universo online estão impedindo que muitas pessoas façam coisas no ambiente digital, como o uso de banco online ou envolvimento nas redes sociais. Cerca de 78% dos brasileiros decidiram não fazer algo online devido à questões de segurança e privacidade - este nível é maior entre as mulheres, 82% contra 74% dos homens. Este percentual também é mais alto nas pessoas entre 25 e 34 anos e 45 e 54 anos (ambas faixas etárias com 81%). Esses medos especialmente impediram as pessoas de:
No geral, 30% das pessoas no Brasil acham que não têm conhecimento bom o suficiente sobre como se proteger digitalmente. Entre as faixas etárias, essa porcentagem é de 30% entre 18 a 24 anos; e é mais alta entre as gerações mais velhas (42% entre 55 a 64 anos e de 30% com mais de 65 anos de idade) .
Olhando para as medidas que os brasileiros tomam para se proteger no mundo digital, 74% possuem software antivírus, 48% usam um firewall e 45% usam VPN. Dos que não possuem software antivírus, 12% admitem não saber o que é e 36% não sabem instalá-lo.
A Avast realizou uma pesquisa entre 16.147 usuários online em 17 países ao redor do mundo. A Avast encomendou a pesquisa à instituição de pesquisa YouGov, entre 15 de junho e 27 de junho na Argentina, Austrália, Brasil, República Tcheca, França, Índia, Japão, México, Nova Zelândia, Rússia, Eslováquia, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, e à instituição de pesquisa Forsa na Áustria, Alemanha e Suíça. A pesquisa foi conduzida e ponderada para ser uma análise representativa entre mais de 1.000 pessoas de cada região, além da Áustria e da Suíça, onde a Forsa entrevistou mais de 500 pessoas em cada país. Os resultados foram ponderados para serem representativos nacionalmente de cada país.